O meu ser não é daqui,
pois se neste reino tudo os meus olhos alcançam.
E o meu corpo solto esvai-se,
líquido na ânsia do espaço.
Vida ou morte, o meu desejo. Tanto faz
desde que a vastidão da terra me consuma.
Talvez lá, onde há um mundo para além das nuvens,
feito da mesma luz dos dias; do mesmo ar, do pó da terra.
Mas onde o horizonte eterno é maior
do que o calor das fogueiras.
Foi lá que te vi, quando dormia,
antes de por fim reconhecer
o teu rosto, o meu castelo.
5 comentários:
"Vida ou morte, o meu desejo. Tanto faz desde que a vastidão da terra me consuma."
Realmente, acaba por ser indiferente.
Abraços ^^
Gosto quando escreves poesia (é raro...)
Sempre senti isso: "não sou daqui" (estou a citar a mim mesma).
Também espero "o horizonte eterno maior do que o calor das fogueiras" (estou a citar-te, a ti).
É bom saber que olhamos e vemos, e muito melhor é termos a noção de que seja o que for que valha a pena tem de ser maior do que isso. Muito maior. Ou não caberia no nosso olhar, terreno - apesar de todo o desconforto.
Dark kiss.
Fico feliz que estejas de volta :)
Esse reino é pura poesia!
Bem-vindo de volta!
Beijos.
Leto of the Crows,
Escolheste bem a frase.
Quanto à indiferença já não sei.. talvez importância seja a palavra, para mim!
Um beijo,
+
Morgana,
É bom ler-te, como sempre, e com um certo pudor te digo que não me parecem estranhas estas afinidades, entre os reinos de Gore e a Katedraal: citando-te, "é termos a noção de que seja o que for que valha a pena tem de ser maior do que isso. Muito maior. Ou não caberia no nosso olhar, terreno".
Eu tenho desejo deste espaço maior, no corpo e no espírito. E poder vivê-lo nem que apenas pela escrita é em si já uma benção.
Um beijo.
+
Obrigado, HornedWolf.
Um abraço e tenho de partir de novo para descobrir as tuas terras!
+
Obrigado também, Bat Trash.
É bom estar de regresso!
Beijos,
Gotik Raal
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