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Nem o céu azul ou as nuvens altas escondem o regresso do Outono. E neste instante, em que te o digo, cobre-se a terra de um véu de prata; um manto húmido e ansioso, das tuas mãos quentes lambendo as minhas cicatrizes.
O mundo fica maior.
Alongam-se as sombras: de árvore em árvore, dos telhados aos campanários, são uma estrada única que dobra todas as esquinas e atravessa os vales, desde os penhascos da costa da Cornualha até às luas do oriente; por vezes é da espessura de um caule, apenas.
Mas é impossível quebrar o caminho que me levará a ti, neste Inverno.